Prevenção e combate a incêndio
A prevenção e o combate a incêndios em embarcações são aspectos cruciais para garantir a segurança de tripulantes e passageiros, bem como a integridade da embarcação e do meio ambiente. Em ambientes marítimos, a ocorrência de um incêndio pode rapidamente se tornar catastrófica devido à presença de combustíveis, à dificuldade de evacuação e à possibilidade de propagação rápida do fogo. Portanto, é fundamental que todas as embarcações sejam equipadas com sistemas adequados de detecção e supressão de incêndios, que as tripulações recebam treinamento rigoroso e contínuo em práticas de segurança contra incêndios, e que sejam adotadas medidas preventivas robustas. Desde a inspeção regular dos sistemas elétricos e de combustíveis até a realização de exercícios de simulação de incêndio, cada passo é vital para minimizar os riscos e garantir uma resposta eficaz em situações de emergência.
O triângulo do fogo
O triângulo do fogo é um modelo simples utilizado para entender os três elementos necessários para a ocorrência e manutenção de um incêndio. Esses três elementos são:
Combustível: Qualquer material que pode queimar, como madeira, papel, tecidos, líquidos inflamáveis, gases, e materiais sólidos. O combustível é a matéria que alimenta o fogo.
Oxigênio: Presente no ar, o oxigênio é essencial para a combustão. Normalmente, o ar contém cerca de 21% de oxigênio, quantidade suficiente para sustentar um incêndio. Sem oxigênio, o fogo não pode se iniciar nem se manter.
Calor: A energia necessária para iniciar a combustão e elevar a temperatura do combustível ao seu ponto de ignição. Fontes de calor podem incluir chamas abertas, faíscas elétricas, superfícies aquecidas, e reações químicas.
Para que um incêndio ocorra, esses três elementos devem estar presentes simultaneamente. Remover qualquer um desses componentes interrompe o processo de combustão e extingue o fogo. Por exemplo, extinguir um incêndio pode envolver:
- Remover o combustível: Eliminar ou isolar o material combustível.
- Reduzir o calor: Aplicar água ou outros agentes de resfriamento para baixar a temperatura abaixo do ponto de ignição.
- Cortar o suprimento de oxigênio: Usar extintores de CO2, cobrir com materiais não inflamáveis, ou criar uma barreira para impedir a entrada de oxigênio.
Entender o triângulo do fogo é fundamental para a prevenção e o combate a incêndios, permitindo intervenções eficazes para eliminar um ou mais dos elementos essenciais e, assim, extinguir o fogo.
Classificação de incêndios
Os incêndios são classificados em diferentes tipos, baseados nos materiais combustíveis envolvidos. Esta classificação ajuda na escolha dos métodos e agentes extintores mais eficazes. Os principais tipos de incêndios são:
Classe A: Materiais sólidos comuns
- Combustíveis: madeira, papel, tecido, borracha, e plásticos.
- Característica: produzem brasas ao queimar.
- Métodos de Extinção: água, espumas, e alguns tipos de pós químicos. A água é eficaz porque resfria o material e extingue as chamas.
Classe B: Líquidos inflamáveis e gases
- Combustíveis: gasolina, óleo, graxa, solventes, tintas, e gases inflamáveis (propano, butano).
- Característica: não produzem brasas.
- Métodos de Extinção: espumas, CO2, pó químico seco, e halogenados. A água não é recomendada, pois pode espalhar o líquido inflamável, agravando o incêndio.
Classe C: Equipamentos elétricos energizados
- Combustíveis: equipamentos elétricos, fiações, aparelhos eletrônicos.
- Característica: risco de choque elétrico.
- Métodos de Extinção: CO2, pó químico seco, e halogenados. A água e espumas não devem ser usadas, pois são condutoras de eletricidade.
Classe D: Metais combustíveis
- Combustíveis: metais reativos como magnésio, titânio, potássio, e sódio.
- Característica: reagem violentamente com água.
- Métodos de Extinção: pós químicos especiais, como pó de grafite, cloreto de sódio, e pó de cobre. Água e extintores comuns não são eficazes e podem agravar o incêndio.
Classe K: Óleos e gorduras de cozinha
- Combustíveis: óleos e gorduras vegetais e animais utilizados em cozinhas comerciais.
- Característica: incêndios de alta temperatura.
- Métodos de Extinção: agentes químicos úmidos que saponificam (transformam em sabão) os óleos e gorduras, como os usados em extintores de classe K.
Considerações especiais:
- Incêndios combinados: alguns incêndios podem envolver mais de uma classe de combustíveis, exigindo uma combinação de métodos de extinção.
- Prevenção e preparação: é crucial ter o tipo adequado de extintor de incêndio disponível e saber como usá-lo corretamente.
Entender esses diferentes tipos de incêndios e os métodos apropriados para combatê-los é vital para uma resposta eficaz em situações de emergência, seja em ambientes domésticos, comerciais, industriais ou marítimos.
Fontes de ignição:
Conhecer as fontes comuns de ignição é fundamental para implementar medidas preventivas eficazes. As principais fontes de ignição de incêndios em embarcações incluem:
1. Falhas elétricas
- Sobrecarga de circuitos: usar equipamentos elétricos que excedem a capacidade do sistema.
- Fiação defeituosa ou danificada: fios desgastados, isolamentos quebrados e conexões frouxas.
- Equipamentos mal instalados: instalações inadequadas de sistemas elétricos.
2. Combustíveis e vapores Inflamáveis
- Vazamentos de combustível: fugas de gasolina, diesel ou óleo de motores e tanques de combustível.
- Acúmulo de vapores: vapores de combustível acumulados em compartimentos mal ventilados podem ser altamente inflamáveis.
3. Fontes de calor
- Motores quentes: superfícies quentes dos motores podem inflamar materiais combustíveis próximos.
- Aquecedores e fogões: uso indevido ou defeituoso de aquecedores e fogões a bordo.
4. Cigarros e fósforos
- Fumar a bordo: bitucas de cigarro mal apagadas e fósforos podem facilmente iniciar um incêndio, especialmente em áreas com materiais inflamáveis.
5. Chamas abertas
- Cozinha a bordo: uso de fogões, churrasqueiras e outras fontes de chama aberta na cozinha do barco.
- Soldagem e trabalhos quentes: atividades de manutenção que envolvem solda ou corte com chama.
6. Espontaneidade química
- Produtos químicos de limpeza e materiais de manutenção: reações químicas entre materiais armazenados ou manipulados inadequadamente.
7. Baterias
- Sobrecarga de baterias: carregamento inadequado ou baterias defeituosas podem superaquecer e inflamar.
- Fiação e conexões: conexões de bateria soltas ou corroídas podem causar faíscas.
8. Relâmpagos
- Tempestades: embarcações expostas em águas abertas podem ser atingidas por raios, causando incêndios.
9. Colisões
- Impactos: colisões com outras embarcações ou objetos submersos podem danificar sistemas elétricos ou tanques de combustível, provocando incêndios.
10. Reabastecimento de Combustível
- Derramamentos: durante o reabastecimento, o derramamento de combustível pode entrar em contato com fontes de ignição.
- Vapores inflamáveis: vapores liberados durante o reabastecimento podem se acumular e inflamar se houver faíscas ou calor próximo.
Medidas Preventivas
Para minimizar o risco de incêndio em embarcações, as seguintes medidas preventivas são recomendadas:
- Inspeções regulares: verificar periodicamente os sistemas elétricos e de combustível.
- Manutenção adequada: Garantir que todos os sistemas e equipamentos estejam bem mantidos e funcionando corretamente.
- Ventilação apropriada: manter boa ventilação para evitar acúmulo de vapores inflamáveis.
- Capacitação da tripulação: treinar todos a bordo sobre procedimentos de prevenção e combate a incêndios.
- Extintores de incêndio: equipar a embarcação com extintores adequados e garantir que estejam acessíveis e em boas condições.
- Regras de fumo: Estabelecer áreas específicas para fumar e garantir que não haja combustíveis ou materiais inflamáveis nas proximidades.
- Cuidado no reabastecimento: realizar o reabastecimento em áreas bem ventiladas, longe de fontes de ignição e com procedimentos rigorosos para evitar derramamentos.
Entender e abordar essas fontes de ignição pode significativamente reduzir o risco de incêndios em embarcações, promovendo um ambiente mais seguro para todos os ocupantes.
Locais mais propensos a incêndios em uma embarcação
1. Sala de Máquinas
- Motivo: a sala de máquinas contém motores, geradores e outros equipamentos mecânicos que geram calor. A presença de combustível e óleo lubrificante aumenta o risco de incêndio.
- Medidas preventivas: manutenção regular dos motores, verificação de vazamentos de combustível e óleo, e instalação de sistemas de detecção e extinção de incêndio automáticos.
2. Cozinha
- Motivo: fogões, fornos e outros equipamentos de cozinha usam chamas abertas e eletricidade, aumentando o risco de incêndio.
- Medidas preventivas: supervisão constante durante o uso dos equipamentos, instalação de detectores de fumaça e extintores de incêndio adequados, e manter materiais inflamáveis afastados das fontes de calor.
3. Cabines e áreas de estar
- Motivo: as cabines podem conter equipamentos elétricos pessoais como carregadores, laptops e aquecedores portáteis. Bitucas de cigarro mal apagadas também representam um risco.
- Medidas preventivas: inspeção regular das instalações elétricas, evitar sobrecarregar tomadas, não fumar nas cabines e instalar detectores de fumaça.
4. Painéis elétricos
- Motivo: painéis elétricos contêm sistemas elétricos complexos, que podem gerar faíscas ou sobre aquecer.
- Medidas preventivas: manutenção regular e inspeções de sistemas elétricos, manter painéis elétricos limpos e bem ventilados, e ter extintores de incêndio apropriados para incêndios elétricos.
5. Depósitos de combustível
- Motivo: tanques de combustível e áreas de armazenamento de combustível contêm líquidos inflamáveis que podem vazar e entrar em contato com fontes de ignição.
- Medidas preventivas: verificações regulares para detectar vazamentos, boa ventilação, e cuidados extremos durante o reabastecimento.
6. Compartimentos de carga, equipamentos e material de manutenção
- Motivo: esses depósitos podem conter produtos químicos inflamáveis, tintas e solventes.
- Medidas preventivas: armazenar materiais inflamáveis em locais apropriados e bem ventilados, e manter extintores de incêndio específicos para incêndios químicos.
7. Áreas de reabastecimento
- Motivo: durante o reabastecimento, há risco de derramamento de combustível e acúmulo de vapores inflamáveis.
- Medidas preventivas: procedimentos rigorosos de reabastecimento, uso de equipamentos anti-estáticos e monitoramento constante durante o processo.
8. Áreas de lazer ao ar livre
- Motivo: churrasqueiras e outras fontes de calor ao ar livre podem representar riscos de incêndio, especialmente quando perto de materiais combustíveis.
- Medidas preventivas: usar churrasqueiras e outras fontes de calor ao ar livre com cuidado, manter uma distância segura de materiais inflamáveis e ter extintores de incêndio à mão.
Identificar e monitorar essas áreas de risco é crucial para a segurança a bordo. Implementar medidas preventivas específicas para cada área ajuda a minimizar os riscos de incêndio e a garantir uma viagem segura para todos os ocupantes da embarcação.
Alastramento de incêndio
O alastramento de um incêndio é o processo pelo qual o fogo se espalha de um ponto inicial para outras áreas. Em uma embarcação, esse processo pode ser particularmente rápido e perigoso devido ao ambiente confinado e à presença de materiais inflamáveis. Compreender como o incêndio se alastra é essencial para implementar medidas eficazes de prevenção e combate. A seguir, estão os principais mecanismos de alastramento do incêndio:
1. Convecção
- Descrição: a convecção ocorre quando o calor é transferido através de gases quentes e fumaça, que sobem e se espalham para outras partes da embarcação.
- Prevenção: instalação de sistemas de ventilação adequados e barreiras de fogo para conter o movimento dos gases quentes. Portas corta-fogo e compartimentação ajudam a limitar o alastramento.
2. Condução
- Descrição: a condução é o processo de transferência de calor através de materiais sólidos. Metais e outras superfícies condutoras podem aquecer e transferir calor a outras áreas, iniciando novos focos de incêndio.
- Prevenção: utilização de isolantes térmicos e materiais resistentes ao fogo para limitar a condução de calor. Verificação e isolamento adequado de componentes metálicos e estruturas.
3. Radiação
- Descrição: a radiação é a transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas. O calor irradiado pode inflamar materiais combustíveis próximos sem contato direto.
- Prevenção: manter uma distância segura entre fontes de calor e materiais combustíveis. Utilização de barreiras reflexivas para redirecionar o calor irradiado.
4. Material combustível
- Descrição: a presença de materiais inflamáveis, como tecidos, plásticos, combustível e madeira, pode alimentar o fogo e permitir que ele se espalhe rapidamente.
- Prevenção: armazenamento seguro de materiais combustíveis, manutenção regular para evitar o acúmulo de resíduos inflamáveis e instalação de sistemas de extinção de incêndio automáticos em áreas críticas.
5. Ventos e correntes de ar
- Descrição: embarcações em movimento ou áreas bem ventiladas podem facilitar o alastramento do fogo através de ventos e correntes de ar que alimentam as chamas.
- Prevenção: controle de sistemas de ventilação e portas, e proteção contra ventos fortes. Uso de cortinas de ar ou ventiladores que possam direcionar o fluxo de ar para fora das áreas de risco.
Precauções
O bom senso e bons hábitos na manutenção e condução de uma embarcação são as melhores medidas de prevenção a incêndios a bordo.
A complacência é uma das maiores causas na ocorrência de incêndios em embarcações, principalmente devido a atitudes de negligência ou descuido em relação à implementação e manutenção de medidas de segurança contra incêndios. Em embarcações, essa postura pode ter consequências catastróficas devido ao ambiente confinado e à presença de muitos materiais inflamáveis. Aqui estão algumas das formas pelas quais a complacência pode manifestar-se na prevenção de incêndios e as potenciais consequências:
Formas de complacência
1. Negligência na manutenção
- Descrição: Falta de manutenção regular dos sistemas de combate a incêndios, como extintores, sprinklers e detectores de fumaça.
- Consequências: Equipamentos de combate a incêndios podem falhar quando mais necessários, aumentando o risco de alastramento do fogo.
2. Falta de treinamento da tripulação
- Descrição: Não realizar treinamentos periódicos e simulados de evacuação e combate a incêndios para a tripulação.
- Consequências: A tripulação pode não estar preparada para responder de forma eficaz a um incêndio, resultando em ações inadequadas e aumento do perigo.
3. Armazenamento inadequado de materiais inflamáveis
- Descrição: Armazenamento de combustíveis, produtos químicos e outros materiais inflamáveis de forma inadequada e sem seguir os protocolos de segurança.
- Consequências: Aumenta o risco de ignição e propagação rápida de incêndios.
4. Sobrecarga de circuitos elétricos
- Descrição: Uso de equipamentos elétricos que excedem a capacidade do sistema elétrico da embarcação.
- Consequências: Pode causar curtos-circuitos e incêndios elétricos, especialmente em sistemas elétricos mal mantidos.
5. Ignorar Procedimentos de Segurança
- Descrição: Desconsiderar normas e procedimentos de segurança, como fumar em áreas proibidas ou não desligar equipamentos de cozinha após o uso.
- Consequências: Comportamentos negligentes podem resultar em ignições acidentais.
6. Falta de inspeções regulares
- Descrição: Não realizar inspeções regulares nos sistemas de combate a incêndios e nas áreas propensas a incêndios.
- Consequências: Problemas potenciais não são identificados e corrigidos, aumentando o risco de incêndios.
Consequências da Complacência
- Risco à vida: A complacência pode levar a incêndios não controlados que representam sérios riscos à vida de tripulantes e passageiros.
- Danos à embarcação: Incêndios podem causar danos significativos à estrutura da embarcação e aos seus equipamentos, resultando em altos custos de reparo ou perda total.
- Impacto ambiental: Em caso de vazamento de combustíveis ou produtos químicos durante um incêndio, pode haver um impacto ambiental severo, contaminando águas e ecossistemas marinhos.
- Perda de bens: Incêndios podem destruir cargas valiosas, equipamentos de navegação e pertences pessoais a bordo.
- Responsabilidade legal: A negligência na implementação de medidas de segurança pode resultar em responsabilidades legais e multas significativas para os proprietários e operadores da embarcação.
Medidas para Combater a Complacência
- Cultura de segurança: promover uma cultura de segurança a bordo, onde todos, desde a tripulação até os passageiros, estão conscientes da importância da prevenção de incêndios e seguem rigorosamente os procedimentos de segurança.
- Treinamento contínuo: realizar treinamentos regulares e simulados de incêndio para garantir que todos saibam como responder rapidamente e eficientemente em caso de emergência.
- Manutenção regular: implementar um cronograma rigoroso de manutenção para todos os sistemas de combate a incêndio e elétricos, garantindo que estejam sempre em condições operacionais.
- Inspeções frequentes: realizar inspeções regulares e detalhadas para identificar e corrigir quaisquer potenciais riscos de incêndio antes que se tornem problemas graves.
Documentação e procedimentos: manter documentação detalhada de todas as inspeções, manutenções e treinamentos, e revisar regularmente os procedimentos de segurança para garantir que estejam atualizados e eficazes.
Adotar uma abordagem proativa e vigilante em relação à prevenção de incêndios é essencial para a segurança a bordo de embarcações. Evitar a complacência não só protege vidas e bens, mas também assegura a integridade da embarcação e do meio ambiente ao seu redor.
Vigilância constante
A vigilância constante é um componente essencial na prevenção de incêndios a bordo. Manter um estado de alerta contínuo e implementar práticas proativas pode fazer a diferença entre a contenção de um pequeno incidente e um desastre de grandes proporções. Aqui estão alguns aspectos chave da vigilância constante na prevenção de incêndios em embarcações:
Monitoramento Contínuo
1. Patrulhas Regulares
- Descrição: realizar rondas periódicas por todas as áreas da embarcação para verificar a presença de possíveis fontes de ignição e materiais inflamáveis.
- Benefícios: identificação precoce de riscos de incêndio e intervenção rápida.
2. Sistemas de Detecção de Incêndio
- Descrição: instalação de detectores de fumaça, calor e gás em locais estratégicos da embarcação.
- Benefícios: aviso imediato de um incêndio incipiente, permitindo uma resposta rápida e eficaz.
3. Sistemas de Monitoramento Remoto
- Descrição: utilizar tecnologia de monitoramento remoto para vigiar áreas de risco e sistemas críticos.
- Benefícios: permite a detecção precoce de anomalias, mesmo quando a tripulação não está presente.
4. Automação de Segurança
- Descrição: implementar sistemas automáticos de extinção de incêndio que ativam imediatamente ao detectar fogo.
- Benefícios: resposta instantânea a incêndios, muitas vezes antes que sejam detectados visualmente.
5. Alertas e anúncios
- Descrição: manter um sistema de comunicação eficaz para alertar rapidamente a tripulação e os passageiros sobre um incêndio.
- Benefícios: garantia de que todos estão informados e podem agir rapidamente para a segurança.
A vigilância constante é a chave para a prevenção eficaz de incêndios em embarcações. Ao combinar monitoramento contínuo, manutenção preventiva, treinamento regular, procedimentos de segurança rigorosos, e uso de tecnologia avançada, é possível minimizar significativamente os riscos de incêndio. Esta abordagem proativa não só protege a vida e os bens, mas também assegura a integridade da embarcação e a tranquilidade de todos a bordo.
Combate ao incêndio
Medidas iniciais ao descobrir um incêndio
Descobrir um incêndio a bordo de um barco é uma situação de emergência que requer uma resposta rápida e eficaz para garantir a segurança de todos a bordo e minimizar os danos à embarcação. Abaixo estão as medidas iniciais a serem tomadas ao detectar um incêndio:
1. Alerta imediato
- Soar o alarme: ativar imediatamente o alarme de incêndio para alertar todos a bordo sobre o perigo.
- Notificar a tripulação: comunicar rapidamente à tripulação sobre a localização e a natureza do incêndio, utilizando sistemas de comunicação como intercomunicadores ou alto-falantes. Em embarcações pequenas gritar: "Fogo, fogo. fogo" e o local do incêndio.
2. Avaliação rápida
- Identificar a fonte: determinar a origem do incêndio e o tipo de fogo (sólido, líquido inflamável, elétrico, etc.).
- Avaliar a extensão: avaliar a extensão do incêndio para decidir sobre a ação mais adequada, seja combater o incêndio ou preparar a evacuação.
3. Isolamento do incêndio
- Desligar fontes de energia: desligar imediatamente sistemas elétricos e motores na área afetada para reduzir riscos de ignição adicional.
- Fechar portas e escotilhas: isolar o fogo fechando portas corta-fogo, escotilhas e ventilação para conter o incêndio e impedir a propagação de fumaça.
4. Combate inicial ao incêndio
- Usar extintores adequados: utilizar extintores de incêndio apropriados para o tipo de incêndio (extintor de CO2 para incêndios elétricos, extintores de pó químico para líquidos inflamáveis, etc.).
- Aplicar técnicas de supressão: empregar técnicas de combate a incêndio como abafar o fogo, esfriar a área e remover materiais combustíveis.
5. Proteção pessoal
- Equipamento de Proteção: utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) como luvas, máscaras, e roupas resistentes ao fogo ao combater o incêndio.
- Evitar a Inalação de Fumaça: proteger-se contra a inalação de fumaça utilizando máscaras ou pano úmido sobre o nariz e a boca.
6. Preparação para evacuação
- Preparar Botes e Coletes Salva-Vidas: se o incêndio estiver fora de controle, preparar imediatamente os botes salva-vidas e garantir que todos estejam equipados com coletes salva-vidas.
- Rota de Evacuação: planejar e comunicar claramente a rota de evacuação para todos a bordo.
7. Comunicação externa
- Chamada de emergência: contatar as autoridades de resgate e outros barcos nas proximidades usando rádio VHF (canal 16) ou outros meios de comunicação para solicitar ajuda.
- Fornecer informações detalhadas: informar a natureza do incêndio, localização da embarcação e o número de pessoas a bordo.
8. Organização e coordenação
- Designar Responsabilidades: designar membros específicos da tripulação para tarefas críticas, como combate ao incêndio, preparação para evacuação e comunicação.
- Manter a Calma: manter a calma e garantir que todas as ações sejam coordenadas de forma eficiente para evitar pânico e garantir a segurança.
9. Uso de sistemas de supressão automáticos
- Ativar sistemas de supressão: Se disponível, ativar sistemas automáticos de supressão de incêndio, como sprinklers ou sistemas de gás inerte, para combater o incêndio de forma mais eficaz.
10. Monitoramento contínuo
- Vigiar a situação: mesmo após o incêndio parecer controlado, continuar monitorando a área para garantir que não haja reignição ou novos focos de incêndio.
- Verificação de lesões: verificar se há feridos e prestar os primeiros socorros conforme necessário.
Extintores de incêndio
Os extintores portáteis de incêndio são dispositivos essenciais para a proteção contra incêndios em embarcações. Eles são projetados para serem facilmente transportados e utilizados por indivíduos para extinguir pequenos incêndios em suas fases iniciais. Conhecer os diferentes tipos de extintores portáteis, suas aplicações e como usá-los corretamente é crucial para a segurança a bordo. A seguir, são apresentados os principais tipos de extintores portáteis, suas características e aplicações:
Tipos de extintores portáteis
1. Extintor de água pressurizada (AP)
- Aplicação: incêndios de Classe A (materiais sólidos comuns como madeira, papel, tecidos).
- Características: contém água pressurizada que resfria o material em combustão.
- Limitações: não deve ser usado em incêndios de Classe B (líquidos inflamáveis), Classe C (equipamentos elétricos energizados) e Classe D (metais combustíveis), pois pode espalhar o fogo ou causar choques elétricos.
2. Extintor de espuma (AFFF - Aqueous Film Forming Foam)
- Aplicação: incêndios de Classe A e Classe B.
- Características: libera uma espuma que forma uma película sobre líquidos inflamáveis, suprimindo vapores e resfriando o material.
- Limitações: não é adequado para incêndios de Classe C, pois a espuma é condutiva e pode causar choques elétricos.
3. Extintor de dióxido de carbono (CO2)
- Aplicação: incêndios de Classe B e Classe C.
- Características: libera CO2, que desloca o oxigênio ao redor do fogo e resfria o combustível, sufocando o incêndio.
- Benefícios: não deixa resíduos, ideal para áreas com equipamentos eletrônicos sensíveis.
- Limitações: não é eficaz em incêndios de Classe A e pode ser perigoso em espaços confinados devido ao risco de asfixia.
4. Extintor de pó químico seco
- Aplicação: incêndios de Classe A, B e C.
- Características: libera um pó químico que interrompe a reação química da combustão.
- Tipos Comuns:
- Pó ABC: para incêndios de Classe A, B e C.
- Pó BC: para incêndios de Classe B e C.
- Benefícios: versátil e eficaz, mas pode deixar resíduos que podem danificar equipamentos eletrônicos.
5. Extintor de agentes limpos (Halocarbonos)
- Aplicação: incêndios de Classe B e Classe C.
- Características: libera gases que interrompem a reação de combustão sem deixar resíduos.
- Benefícios: seguro para uso em áreas com equipamentos eletrônicos sensíveis.
- Exemplos: Halon 1211, Halotron I, FM-200.
6. Extintor de químico úmido
- Aplicação: incêndios de Classe K (óleos e gorduras de cozinha).
- Características: libera um agente químico úmido que saponifica os óleos e gorduras, suprimindo vapores e resfriando o material.
- Benefícios: especialmente eficaz contra incêndios em cozinhas comerciais.
7. Extintor de pó químico para metais combustíveis
- Aplicação: incêndios de Classe D (metais combustíveis como magnésio, titânio, sódio).
- Características: libera um pó especial que forma uma barreira sobre o metal em combustão, isolando-o do oxigênio.
- Exemplos: pó de grafite, cloreto de sódio.
Como usar um extintor portátil (Método PASS)
- Puxe o pino: puxe o pino de segurança para liberar o mecanismo de disparo.
- Aponte a mangueira: aponte a mangueira ou bico do extintor para a base do fogo.
- Aperte o gatilho: aperte o gatilho para liberar o agente extintor.
- Sweepe (varra): mova o jato de um lado para o outro na base do fogo até que ele seja completamente apagado.
Manutenção e inspeção
- Inspeções regulares: Verifique os extintores periodicamente para garantir que estejam em boas condições de funcionamento.
- Manutenção anual: Realize manutenção anual conforme as recomendações do fabricante e das regulamentações locais.
- Recarregamento e substituição: Recarregue ou substitua extintores que foram utilizados ou que estão com a pressão baixa.
Os extintores portáteis são uma linha vital de defesa contra incêndios a bordo de embarcações. Conhecer os diferentes tipos de extintores e suas aplicações específicas, bem como garantir que todos a bordo saibam como usá-los corretamente, é crucial para a segurança marítima. Manter os extintores em boas condições através de inspeções regulares e manutenção adequada assegura que estarão prontos para uso em emergências.
Cuidados ao usar CO2
O gás carbônico é bastante eficiente no combate a incêndios da classe B e C pois quebra o triangulo do fogo suprimindo o oxigênio, entretanto ele é tóxico e pode causar problemas respiratórios se usados em espaços confinados como, por exemplo, em casas de máquinas ou compartimentos de motores.
- Somente use um extintor portátil de CO2 em áreas abertas, a não ser que esteja utilizando equipamento apropriado que inclua uma unidade SCBA.
- Caso o compartimento dos motores esteja equipado com um sistema extintor automático de CO2, certifique-se que tenha carga suficiente para preencher todo o ambiente.
- Um alarme deve ser instalado no compartimento dos motores para informar quando o sistema for ativado e deve soar por pelo menos 20 segundos antes do extintor ser disparado.
- A tripulação deve estar fora do compartimento com as portas fechadas e com a ventilação desligada para previnir a perda de CO2 antes do disparo do extintor.
- O painel de controle do sistema extintor automático de CO2 deve ser instalado fora da área protegida.
Localização dos equipamentos para combate a incêndio e das rotas de fuga
A localização estratégica dos equipamentos de combate a incêndio e a definição clara das rotas de fuga são cruciais para a segurança a bordo de uma embarcação. Aqui estão diretrizes detalhadas para organizar essas localizações de forma eficaz:
Equipamentos para combate a incêndio
1. Extintores Portáteis
- Sala de Máquinas: Instalar extintores de CO2 e pó químico seco próximos aos motores e geradores.
- Cozinha: Extintores de classe K para óleos e gorduras, além de extintores de CO2.
- Áreas Comuns e Cabines: Extintores de água pressurizada ou pó químico seco.
- Painéis Elétricos: Extintores de CO2 e pó químico seco próximos aos quadros de distribuição elétrica.
2. Mangueiras de Incêndio
- Sala de Máquinas: Mangueiras conectadas ao sistema de água com fácil acesso.
- Cozinha e Áreas de Serviço: Mangueiras localizadas em locais de fácil acesso.
- Convés Principal e Áreas Comuns: Mangueiras estrategicamente posicionadas para cobrir a maior área possível.
3. Sistemas Fixos de Supressão
- Sala de Máquinas: Sistemas automáticos de supressão com gás inerte ou sprinklers.
- Cozinha: Sistemas automáticos de supressão de incêndio para equipamentos de cozinha.
- Espaços de Carga: Sprinklers automáticos ou sistemas de nebulização de água.
4. Detectores de Incêndio
- Sala de Máquinas: Detectores de calor e fumaça.
- Cozinha: Detectores de fumaça.
- Áreas Comuns e Cabines: Detectores de fumaça e calor em todos os compartimentos.
Rotas de Fuga
1. Mapeamento e Sinalização
- Mapas de Rotas de Fuga: Colocar mapas das rotas de fuga em locais visíveis, como cabines, áreas comuns e corredores.
- Sinalização de Saída: Sinalizar claramente todas as saídas de emergência com luzes de emergência e placas luminosas.
2. Planejamento de Rotas
- Rotas Múltiplas: Planejar múltiplas rotas de fuga para cada área, garantindo pelo menos duas alternativas de saída em caso de bloqueio.
- Acesso Fácil: Garantir que as rotas de fuga sejam de fácil acesso, sem obstruções e bem iluminadas.
3. Escotilhas e Portas de Emergência
- Localização Estratégica: Colocar escotilhas e portas de emergência em pontos estratégicos, como próximos a áreas de risco elevado (sala de máquinas, cozinha).
- Operação Simples: Garantir que todas as escotilhas e portas de emergência sejam fáceis de operar, mesmo em condições de pânico.
4. Botes Salva-Vidas e Coletes Salva-Vidas
- Acesso Rápido: Posicionar botes salva-vidas e coletes salva-vidas próximos às rotas de fuga.
- Instruções Claras: Fornecer instruções claras sobre como usar os botes e coletes salva-vidas, com treinamentos regulares para a tripulação e passageiros.
Treinamento e Simulações
1. Treinamento Regular
- Treinamento de Combate a Incêndio: Realizar treinamentos regulares para a tripulação sobre o uso de equipamentos de combate a incêndio.
- Treinamento de Evacuação: Ensinar todos a bordo sobre as rotas de fuga e procedimentos de evacuação.
2. Simulações de Emergência
- Simulações Periódicas: Realizar simulações de incêndio e evacuação periodicamente para garantir que todos saibam o que fazer em uma emergência.
- Avaliação e Ajuste: Avaliar o desempenho durante as simulações e ajustar os procedimentos e a localização dos equipamentos conforme necessário.
Manutenção e Inspeção
1. Inspeções Regulares
- Equipamentos de Combate a Incêndio: Verificar regularmente todos os extintores, mangueiras, detectores e sistemas de supressão para garantir que estejam em boas condições de funcionamento.
- Rotas de Fuga: Inspecionar rotas de fuga para garantir que estejam desobstruídas e que as sinalizações estejam funcionando.
2. Revisão e Atualização
- Procedimentos de Segurança: Revisar e atualizar regularmente os procedimentos de segurança e a localização dos equipamentos de combate a incêndio e rotas de fuga.
A chave do sucesso do combate ao incêndio é ter de um plano de ação pré-estabelecido e fazer exercícios de simulação periódicos. Quando houver uma simulação de incêndio a bordo, todos devem participar do exercício, inclusive os passageiros.
Organizar o combate a um incêndio em uma embarcação requer um planejamento cuidadoso e uma resposta coordenada para garantir a segurança de todos a bordo e minimizar os danos à embarcação. A seguir, são apresentadas etapas detalhadas para organizar e executar o combate a incêndios em uma embarcação:
1. Alerta e Comunicação
- Soar o Alarme: Ative imediatamente o alarme de incêndio para alertar toda a tripulação e passageiros sobre o perigo.
- Comunicação Clara: Utilize sistemas de comunicação a bordo, como intercomunicadores ou alto-falantes, para informar a localização e a natureza do incêndio.
2. Avaliação Inicial
- Identificar a Fonte: Determine rapidamente a origem do incêndio e a classe do fogo (Classe A, B, C, D ou K).
- Avaliar a Extensão: Avalie a extensão do incêndio para decidir a melhor estratégia de combate e considerar a possibilidade de evacuação.
3. Isolamento do Incêndio
- Desligar Fontes de Energia: Desligue a energia elétrica e os motores na área afetada para reduzir o risco de ignição adicional e proteger a tripulação de choques elétricos.
- Fechar Portas e Escotilhas: Isolar o fogo fechando portas corta-fogo, escotilhas e sistemas de ventilação para conter o incêndio e impedir a propagação da fumaça.
4. Mobilização da Equipe de Combate a Incêndio
- Designar Funções: Assegure que todos na tripulação conheçam suas funções e responsabilidades específicas no combate ao incêndio. Isso deve ser treinado previamente.
- Equipamentos de Proteção: Distribua equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, capacetes, roupas resistentes ao fogo e máscaras respiratórias.
5. Combate ao Incêndio
- Uso de Extintores Portáteis: Utilize extintores apropriados para a classe do incêndio identificado (por exemplo, extintores de CO2 para incêndios elétricos).
- Mangueiras de Incêndio: Se o fogo for grande ou estiver fora de controle, use mangueiras de incêndio conectadas ao sistema de água da embarcação.
- Sistemas Fixos de Supressão: Ative sistemas fixos de supressão de incêndio, como sprinklers automáticos ou sistemas de gás inerte, se disponíveis.
6. Coordenação e Comando
- Líder de Combate a Incêndio: Designar um líder de combate a incêndio que ficará responsável pela coordenação, comunicação com a tripulação e tomada decisões críticas.
- Revisão Contínua: O líder deve revisar continuamente a situação, ajustar as estratégias conforme necessário e garantir que todas as ações estejam sendo executadas de acordo com o plano.
7. Preparação para Evacuação
- Preparar Botes e Coletes Salva-Vidas: Se o incêndio estiver fora de controle, preparar imediatamente os botes salva-vidas e garantir que todos estejam equipados com coletes salva-vidas.
- Comunicação Externa: Notificar as autoridades de resgate e embarcações próximas usando rádio VHF (canal 16) ou outros meios de comunicação para solicitar ajuda.
8. Monitoramento e Rescaldo
- Monitorar Reignição: Mesmo após o incêndio parecer controlado, continue monitorando a área para garantir que não haja reignição.
- Verificação de Ferimentos: Verifique se há feridos e preste os primeiros socorros conforme necessário.
- Avaliação de Danos: Avalie os danos causados pelo incêndio e determine a necessidade de reparos urgentes.
9. Documentação e Revisão
- Registrar o Incidente: Documente todos os detalhes do incidente, incluindo a origem do incêndio, as ações tomadas, e quaisquer lesões ou danos.
- Revisar Procedimentos: Após o incidente, revise os procedimentos de combate a incêndio e treinamento da tripulação para identificar melhorias e prevenir futuros incêndios.
A organização eficiente dos equipamentos de combate a incêndio e das rotas de fuga é fundamental para garantir a segurança a bordo de uma embarcação. A implementação cuidadosa dessas medidas, juntamente com treinamento contínuo e manutenção regular, pode salvar vidas e minimizar os danos em caso de incêndio.
Ataque ao fogo
Existem dois métodos ao atacar um incêndio com um extintor portátil ou uma mangueira:
1. Ataque direto: é assim definido quando você dispersa uma substância diretamente dentro ou na base de um incêndio para extingui-lo, como usar um extintor classe "A" (água/espuma) diretamente sobre o fogo ou chama.
Neste caso o fogo deve ser abordado pelo lado de barlavento. Ou seja, sempre mantendo o vento batendo em suas costas.
2. Ataque indireto: é quando se utiliza um objeto, como uma antepara, para permitir que uma substância como a espuma abafasse o fogo. Um bom exemplo de um ataque indireto é abafar um incêndio escorrendo espuma para dentro do compartimento atingido através de uma porta, ou borrifando água em uma superfície muito quente, para formar vapor para ajudar a baixar o fogo.
Ataques defensivos e ofensivos
Em um ataque defensivo o objetivo é evitar a propagação do fogo. O objetivo principal é o confinamento e pode ser alcançado fechando a abertura de portas ou espaços ventilados ou resfriando áreas ao redor ou fora de um compartimento.
Um ataque ofensivo ocorre quando aplicamos diretamente um agente extintor no fogo/chama para extingui-lo imediatamente.
Procedimentos de combate a incêndio
Classe A: este tipo de incêndio é combatido usando um extintor de incêndio classe A ou uma mangueira de incêndio.
- Ao abordar um incêndio de classe A com um extintor portátil, lembre-se de utilizar o método PASS.
- O jato do extintor deve ser movimentado para frente e para trás, para os lados e direcionado para a base do fogo/chamas.
Classe B - é melhor combatidos com CO2, espuma ou produto químico seco.
- Em um compartimento fechado, o CO2 interromperá a reacção em cadeia de um incêndio, removendo o oxigénio do compartimento.
- Quando ocorrer um incêndio em um convés aberto e estiver sendo usado um agente de espuma para extingui-lo, aproxime-se das chamas por barlavento para permitir que você veja o fogo e evite o calor.
- Se possível, espalhe a espuma através de um cano, por baixo da porta ou de qualquer objeto que possa eventualmente cobrir o fogo, sufocando-o.
- Em condições de vento, a espuma pode ser espalhada e causando falhas na camada de espuma. Isto pode fazer com que o fogo reacenda e requer vigilância constante.
Classe C: por serem causados por elétrica energizada só podem ser combatidos com extintor de pó químico seco ou tipo CO2 quando ainda energizado. Halon também é aceitável se disponível.
- Antes de atacar um incêndio de classe C, se possível encontre a caixa do disjuntor ou interruptor e desligue a eletricidade.
- Quando você tiver 100% de certeza de que a energia está desligada, água também poderá ser usada para combater o fogo.
Classe D: incêndios causados por metais combustíveis, como magnésio, titânio, sódio e potássio, devem ser combatidos com extintores de pó químico seco específicos, como pó de grafite, cloreto de sódio, ou outros pós especializados
- Use o método PASS para extintores portáteis
- Não Usar água ou CO2, uma vez que podem reagir violentamente com metais combustíveis.
Classe K: incêndios provocados por óleos vegetais e gorduras animais devem ser combatidos com extintores carregados com químico úmido específico para incêndios em cozinha, que transformam óleos em sabão e resfria o fogo.
- Use o método PASS para extintores portáteis.
- Desligue fogões e outros aparelhos para interromper o fornecimento de calor.
- Se seguro, use tampas ou coberturas metálicas para sufocar pequenas chamas.
Combater incêndios de diferentes classes requer o uso de técnicas e equipamentos específicos. A tripulação deve ser treinada regularmente para reconhecer a classe do incêndio e usar os extintores apropriados de maneira eficaz. A segurança pessoal deve sempre ser uma prioridade, e a evacuação deve ser considerada se o incêndio estiver fora de controle.
Em todos os tipos de incêndio a velocidade no combate ao fogo é a chave do sucesso.
Procure fazer um curso prático de combate a incêndios com o corpo de bombeiros da sua localidade, que abranja diferentes cenários e tipos de incêndio.