O tratado naval de Washington

26/07/2023

O Tratado Naval de Washington, formalmente conhecido como o Tratado para a Limitação de Armamentos Navais, foi assinado em 6 de fevereiro de 1922 como parte da Conferência Naval de Washington, que ocorreu entre 1921 e 1922. O tratado foi um esforço pós-Primeira Guerra Mundial para evitar uma nova corrida armamentista, particularmente entre as principais potências navais da época.

Principais pontos e impactos do Tratado:

  1. Participantes: Os signatários principais do tratado foram os Estados Unidos, o Império Britânico, o Império do Japão, a França e a Itália.

  2. Limitação de armamentos: O tratado estabeleceu limitações na tonelagem total de navios de guerra que cada signatário poderia possuir. Além disso, restringiu a construção de novos navios de guerra e estabeleceu um hiato nas construções.

  3. Relações de tonelagem: Foi estabelecida uma proporção para os principais signatários em termos de tonelagem de navios de guerra, sendo: 5:5:3 para os EUA, Grã-Bretanha e Japão, respectivamente. França e Itália foram cada uma alocadas uma proporção menor.

  4. Proibições específicas: O tratado proibiu a construção de novos encouraçados por uma década e estabeleceu limitações no tamanho, armamento e tonelagem de outros tipos de navios, incluindo cruzadores e submarinos.

  5. Bases navais: O Japão concordou em não construir bases navais nas Ilhas Marianas, Marshall e Caroline, enquanto os EUA e o Reino Unido prometeram não fortificar seus territórios no Pacífico ocidental.

  6. Efeito e impacto: O tratado teve o efeito desejado de desacelerar a corrida armamentista naval por um tempo. No entanto, também foi motivo de controvérsia, especialmente no Japão, onde muitos sentiram que a nação havia sido injustamente limitada em comparação com as potências ocidentais.

  7. Validade: O Tratado Naval de Washington foi eficaz até o final da década de 1930. Posteriormente, com a ascensão de regimes militaristas e o início da Segunda Guerra Mundial, o tratado tornou-se obsoleto.

A Conferência Naval de Washington e o subsequente Tratado Naval foram tentativas significativas e, em muitos aspectos, bem-sucedidas de limitar o armamento naval e prevenir conflitos em um momento em que as tensões globais e a rivalidade imperialista poderiam facilmente ter levado a uma nova corrida armamentista e, eventualmente, a outro conflito global.