As batalhas navais da Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), foi o conflito militar mais significativo da América do Sul no século XIX. Envolvendo o Paraguai de um lado e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) do outro, a guerra teve uma série de batalhas navais e terrestres. A supremacia naval, especialmente do Brasil, foi um fator crucial para o desfecho da guerra. Vamos destacar algumas das batalhas navais mais importantes:
Batalha de Riachuelo (11 de junho de 1865):
- É a mais conhecida e decisiva batalha naval do conflito. Aconteceu no rio Paraná, perto de Corrientes, na Argentina. Sob o comando do Almirante Barroso, a esquadra brasileira enfrentou a esquadra paraguaia sob o comando do Capitão Meza. Ao final da batalha, o Brasil saiu vitorioso, consolidando sua supremacia naval na guerra.
Batalha do Passo da Pátria (27 de fevereiro de 1866):
- Esta batalha ocorreu no rio Paraná e foi uma tentativa paraguaia de romper o bloqueio brasileiro. Apesar de resistir bravamente, os paraguaios sofreram uma derrota considerável.
Batalha de Curuzu (setembro de 1866):
- Enquanto esta foi predominantemente uma batalha terrestre, houve um componente naval significativo, com a Marinha brasileira bombardeando as fortificações paraguaias.
Batalha de Curupaiti (22 de setembro de 1866):
- Mais uma vez, a Marinha brasileira teve um papel de apoio, bombardeando as fortificações paraguaias. No entanto, as forças terrestres da Tríplice Aliança foram repelidas, resultando em uma das maiores derrotas aliadas da guerra.
Bombardeio de Humaitá (3 de novembro de 1867):
- Um ponto-chave na guerra, o Forte de Humaitá era uma fortificação paraguaia altamente defensiva que bloqueava a passagem pelo rio Paraguai. A Marinha brasileira, sob o comando do Almirante Barroso, assumiu a tarefa de passar pela fortificação, o que fizeram sob intenso fogo.
Passagem de Humaitá (19 de fevereiro de 1868):
- Em uma manobra ousada, a esquadra brasileira conseguiu passar pelas correntes e as baterias do forte de Humaitá sob a cobertura da escuridão e da chuva, um evento crucial que pavimentou o caminho para a captura subsequente de Humaitá.
A supremacia naval da Tríplice Aliança, especialmente do Brasil, foi crucial para o curso da guerra. O controle dos rios, vitais para o movimento e o abastecimento, influenciou fortemente os eventos terrestres e ajudou a determinar o resultado do conflito em favor da Tríplice Aliança.